domingo, 10 de julho de 2011

Sob a marca da diferença

É impressionante que a característica mais peculiar do ser humano possa "incomodar" tanto a vida em sociedade. Sabe-se que nenhum ser humano é igual ao outro, seja pela multiplicidade de aspectos que estar inseridos na existência do indivíduo humano ou pela capacidade que o mesmo tem de mudar. Ainda assim, os seres humanos insistem em classificar entre o "normal" e o "anormal", como se para os seres humanos existissem a tal "norma" regularizadora.
A Educação Especial foi uma modalidade criada para atender no âmbito da educação escolar as pessoas que partilhavam a tal "ausência de norma" (origem da expressão anormal). E marcada insistentemente por termos e avaliações da área da medicina o que acabou influenciando a prática pedagógica no cotidiano.
Isso já provoca uma grande barreira, uma vez que são os educadores que em maioria lidam com essas pessoas e com base nos laudos e termos de outra área, puro desencontro de objetivos: educar ou reabilitar?
Enquanto isso essas pessoas simplesmente querem o direito de usufruir de sua DIFERENÇA de compreender, locomover-se de comunicar-se, de ver e sentir o mundo. Estranho pensar que onde há o consenso de que ninguém é igual, as diferenças possam ser segregadoras e, ainda pior, razão da restrição de direitos e oportunidades.
Ser humano é ser diferente, e ser diferente é usufruir da sua humanidade.

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